Mal a noite cai, ofereço-me inteira no templo interdito.
Meu amor é tudo, o pouco que tenho para te dar
Agarra-me, abraça-me que a noite, meu amor, depressa se esvai
Ainda temos tanto para dizer, tantos desejos para saciar...
Irei buscar água à fonte todas as noites
Com o cântaro na mão, procuro o meu amante
Por trás da porta desbotada pelo sol e pela miséria
Tranquei nos meus braços o meu bem amado
Apressa-te, meu amor, e percorre uma vez mais o meu caminho
Quero sempre vivas e frescas as marcas dos teus passos
Ó meu amor, meu bem amado
Quanto desejo se solta nestas planícies áridas.
Protegido do calor o meu amante repousa
Debaixo da frescura dos meus ternos beijos
(série de Fragmentos de verão inspirada no blog Diálogos da Ausência)
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