nunca mais rosas mancharão meu ventre
Sábado, 8 de Abril de 2006
O beijo
Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escarcéu.
Ainda palpitante voa um beijo.
Donde teria vindo! ( Não é meu ...)
De algum quarto perdido no desejo ?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo ?
É uma ave estranha: colorida.
Vai batendo como a própria vida.
Um coração vermelho pelo ar.
E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar ...
Alexandre ONeil
(Obrigado pelo beijo)
Fotografia: autor desconhecido
Ana Cintra conta que seu filho pequeno,
com a curiosidade de quem ouviu uma nova palavra, mas ainda nao entendeu seu significado, perguntou-lhe:
"Mamãe, o que é velhice? "
Na fração de segundo antes da resposta,
Ana fez uma verdadeira viagem ao passado.
Lembrou-se dos momentos de luta, das dificuldades, das decepções.
Sentiu todo o peso da idade e da responsabilidade em seus ombros.
Tornou a olhar para o filho, que, sorrindo, aguardava uma resposta.
"Olhe para o meu rosto, filho" , disse ela.
"Isto é a velhice".
E imaginou o garoto vendo as rugas e a tristeza em seus olhos.
Qual não foi sua surpresa quando,
depois de alguns instantes, o menino respondeu:
"Mamãe! Como a velhice é bonita!"
De
Carlos a 9 de Abril de 2006 às 08:05
Dá-me o teu mel
Dá-me o teu mosto
Dá-me o teu gosto
Dá-me o teu rosto
Dá-me o teu corpo
Dá-me o luar
A madrugada
Dá-me poesia
Dou-te o meu corpo
Que o pensamento
É teu só teu
Dá-me o teu pólen
Sou uma flor
A tua flor
Dou-te o meu mel
Dá-me essa brisa
Que tens nos dedos.
Tenho calor
De Anónimo a 18 de Abril de 2006 às 02:28
Escolheste duma forma divinal a fotografia, a música, o poema e todos os outros teus posts......não sei que dizer, mas este blog trnsporta-me assim a uns tempos belos, à idade da inocência, ao acreditar ainda....sei lá!! Mais 1 vez digo, é magia pura! Beijo, Mar.
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