Quem me dera estar aqui, neste jardim assim, neste recanto sem fim, rodeada de cheiros doces e acres. Apetecia-me estar na clareira onde estou, deitada no chão em que me deito, rodeada dos zumbidos e chilreios à minha volta. Com todos os zumbidos, chilreios, cheiros doces, cheiros acres, à minha volta: sem ti. Quem me dera conhecer-te como eles te conhecem. Estar sozinha. Aqui sozinha. Longe da minha casa. Longe de ti. Quem me dera ter mesmo chegado a este lugar para onde vim. Quem me dera saber escrever. Escrever-te um postal fazendo um esforço para me lembrar de ti. Talvez assim te esquecesse. Talvez assim. Quem me dera estar mesmo aqui. Ou aí nos teus braços tão bem vindos e tão quentes, de onde eu nunca, nunca saí.
Mar
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